
Mensagens se transformaram em telefonemas. De um telefonema, na sexta-feira, um convite. O não atendimento do convite acarretou em um acidente. Um acidente que deu início a um interesse. Do interesse, surgiu uma preocupação que acabou em um cinema no sábado. Cinema este que despertou uma dúvida. Eram em quatro. Dúvida excluída no terceiro encontro, domingo. Decisão tomada no dia seguinte; agora, um triângulo. Na quinta-feira, já não bastavam só os olhares, seus lábios não exitaram em se encontrar arduamente; confirmada a paixão. Paixão que prosseguiu como começou, repleta de turbulências e imprevistos. Em quatro meses, só havia lugar para dois. E assim foi: eram só os dois contra o mundo e contra “seus mundos”. Quatro segundos para um olhar, quatro minutos para um interesse, quatro horas para uma dúvida, quatro dias para uma paixão, quatro semanas intensas, quatro meses para o inevitável... e assim passaram-se quatro anos! Às vezes o tempo voa; outras vezes, um segundo parace uma eternidade. Por essas e outras que acabamos vendo o tempo como nosso inimigo: ou por querermos que ele pare, para nos deliciarmos mais com os bons momentos ou por querermos que ele passe, para deixarmos bem distante das nossas lembranças as dores causadas pelos maus momentos.